Voltei pra dizer que fecho, não! Só quando cansar de hablar.
Como consumidor(sim, consumidor) me cansa, me expulsando, ver um artista ou crítico (principalmente do mundico literário) conclamar a eterna busca da originalidade.
Quero longe a originalidade.
Explico-me.
Me parece tolice a busca dessa originalidade que nasce do nada e descreve as inquietações de um espírito inquieto.Sacou?
Esse ideia que nasceu com os românticos, se radicalizou com as vanguardas se transformando no discurso bocó de dez entre dez críticos e artistas sérios.
Eu gosto daquela originalidade do artesão. Do artista que conhece todas as ferramentas do seu ofício e busca a "originalidade" dentro de limites muito bem estabelecidos.
Taí ai os sonetos que não me deixam mentir.
E as grandes mudanças ocorreram por que o artesão conhecia toda a tradição e sabia exatamente onde alterar o objeto, para uma nova percepção do seu público. (Mas a última frase é só um achismo.)
Exemplo:
Em todo filme de ação, dos anos 70 para cá, é lei a tal perseguição. Pode ser de carro, magrela, avião ou barco, tem que ter perseguição.
E não é fantástico quando um roteirista escrevendo dentro dos limites de tempo, enquadramentos, planos etc tenta buscar um novo modo de apresentar a mesma cena, em diversos filmes?
Muitas saem boca-inteira, outras meia-boca, algumas boas e excelentes, mas de repente, tcham!tcham! uma obra de arte. Eu acredito.
Viva o artesão. Abaixo o artista em busca de originalidade. Eca.