Resolvi escrever algo sobre o que eu acho do dias das mulheres.
Antes, porém, o Doni,Marcos Donizetti, escreve algo bacana sobre o assunto que casa mais ou menos com o que penso. Diz ele em determinado trecho:
"Não! Pode até ser que não seja má fé, mas se você é um gerente que parabeniza sua funcionária pelo dia dela e depois oferece aquela promoção ao funcionário menos capacitado, que acompanha com você os jogos do seu time (já vi isso acontecer), você é um hipócrita! Se você parabeniza sua esposa pelo dia dela, mas chega em casa e se esparrama no sofá enquanto ela cumpre sua jornada tripla de trabalho, você é um hipócrita! Se você cumprimenta todas as suas amigas, mas passa o restante do ano tendo o mesmo comportamento machista e sexista de sempre, você é um hipócrita! O homem que não se posiciona de verdade, com sinceridade e desprendimento, frente a questões importantes da feminilidade e da relação entre os sexos deveria ter ao menos a dignidade de não ficar repetindo o clichê de "parabéns pelo seu dia"."
Ao fim do texto, fiz comentário que entr outras coisa diz:
"Tenho tbm essa visão. O que me surpreende no discurso do dia da mulher é o sequestro da voz das próprias mulheres.
é estranho ver homens e mulheres falando de um outro, como se existe um terceiro elemento, uma mulher idealizada, para o bem ou para o mal, que merece nossa atenção."
E na voz das mulheres que defendem essa causa, mas sem reflexão, isso causa um deslocamento mais estranho ainda ."
Se você quiser ler tudo e participar desse diálogo, que necessariamente não tem que ser conosco, pois o diálogo que falo, é um diálogo amplo, de formação discursiva, de uma espiada no texto inteiro do Doni.
É um diálogo que precisa de uma polifônia de vozes heterogenias para a fabricação de perguntas satisfatórias.